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Projeto Piloto de Supressão do Bicudo-do-algodoeiro na Regional sul

Atualmente existe alto grau de tecnologia na cotonicultura matogrossense, mas ainda há uma ameaça real nas plantações de algodão: a praga bicudo-do-algodoeiro, cujo nome científico é Anthonomus grandis Boheman, que foi identificado pela primeira vez no Brasil na Região de Campinas (SP), em 1983. No Mato Grosso ele foi encontrado dez anos depois, em Cáceres, região Oeste do Estado, e posteriormente em Rondonópolis, situada na região Sul, uma das maiores áreas produtoras de algodão.

O inseto se alimenta preferencialmente do botão floral e efetua a postura dos ovos nestas estruturas e nas maçãs, destruindo suas fibras e as sementes, além de provocar a derrubada dos botões atacados, levando a perdas de produtividade. É uma praga com alto poder destrutivo e sua reprodução é rápida, favorecida pelas altas temperatura e umidade, típicas do Estado de Mato Grosso. Este projeto refere-se a uma proposta para a implantação do Projeto Piloto de Supressão do Bicudo-do-algodoeiro na Regional sul. Esta iniciativa é do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) juntamente com os produtores de algodão da região da Serra da Petrovina, Itiquira e Alto Taquari, em função da preocupação com a situação de alto custo para manutenção das lavouras algodoeiras na região que ficam infestadas pela praga.

O projeto piloto tem como objetivo principal reduzir o nível populacional do bicudo-do-algodoeiro regionalmente, através de um modelo de supressão do inseto, mantendo-o abaixo dos níveis de dano econômico, envolvendo medidas de combate rígidas, cooperativas e coletivas. Os produtores, simultaneamente, adotarão as mesmas ações estratégicas para o controle da praga. Desta forma a implantação deste projeto, estará reduzindo o uso excessivo de defensivos químicos, que eleva os custos de produção e pode inviabilizar economicamente a cotonicultura local, além de contribuir para a minimização das contaminações ambientais decorrentes do uso dos pesticidas em excesso. Também, com o know how adquirido este projeto gerará informações que podem ser utilizadas posteriormente em outras regiões do Estado.