IMAmt

Destruição de soqueira é essencial para o controle do bicudo após colheita, afirma IMAmt

Bicudo-do-Algodoeiro. Foto: José Medeiros

A colheita do algodão avança em Mato Grosso a cada dia. Com quase 80% dos 1,115 milhões de hectares semeados já foram colhidos e, de acordo com o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), a destruição de soqueiras (restos culturais) é essencial para evitar que haja proliferação de doenças e pragas, em especial o bicudo do algodoeiro.

De acordo com especialistas do IMAmt, as algodoeiras mato-grossenses estão trabalhando a todo vapor, apesar de algumas ainda estarem na fase de regulagem inicial dos maquinários. Embora os trabalhos de colheita estejam ganhando ritmo, a preocupação acerca do bicudo do algodoeiro tem crescido em meio as propriedades, tanto que a recomendação tem sido a instalação de tubo mata bicudo nesse final de ciclo da cultura e, principalmente, a realização da destruição dos restos culturais.

A destruição das soqueiras é obrigatória por lei, tanto que em Mato Grosso existe o Vazio Sanitário do Algodoeiro, normatizado pela IN 001/2016 da SEDEC/INDEA-MT, que é o período do ano durante o qual não pode haver plantas de algodoeiro com risco fitossanitário.

O pesquisador do IMAmt, Edson Andrade Junior, pontua que a destruição de soqueira é essencial para evitar os rebrotes das plantas, que são verdadeiras fontes de pragas e doenças para o novo ciclo, em especial para o bicudo do algodoeiro, a ramulária e as principais lagartas que atacam a cultura do algodão.

O bicudo é um besouro de coloração cinzenta ou castanha e mandíbulas afiadas, utilizadas para perfurar o botão floral e a maçã dos algodoeiros. O inseto é considerado a principal praga dos algodoeiros nas Américas se se não controlado pode causar perdas de até 70% da produção.

Conforme o IMAmt, uma das principais formas de eliminação dos restos culturais do algodão é a química, através do uso de herbicidas. Os especialistas do IMAmt pontuam que a destruição química das soqueiras pode ser dividida em três métodos: Destruição iniciada no toco, Destruição no rebrotes e Destruição “planta em pé”.

 

Viviane Petroli – Assessoria de Comunicação AMPA/IMAmt